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Chargeback: ações estratégicas podem amenizar 1 milhão de transações fraudulentas em e-commerces brasileiros

Chargeback: ações estratégicas podem amenizar 1 milhão de transações fraudulentas em e-commerces brasileiros

Upquery 6 de setembro

Chargeback: ações estratégicas podem amenizar 1 milhão de transações fraudulentas em e-commerces brasileiros

Afetando consumidores e lojistas, o chargeback é um evento cada vez mais comum entre os e-commerces. O problema diz respeito a compras não reconhecidas, tanto em cartões de crédito ou débito, levando os titulares a buscarem contestação de venda online junto aos seus bancos. 

Geralmente, o chargeback está associado a fraudes de cartões clonados e roubos de dados. Por isso, após uma análise da contestação, o valor da compra é estornado ao consumidor. Devido à forte adesão a esta modalidade de pagamentos nos últimos anos, os comerciantes e empreendedores virtuais estão altamente expostos ao estorno de receita.

Entretanto, além do financeiro, o chargeback também pode trazer restrições no processamento dos pagamentos, impactando na funcionalidade e segurança da plataforma de vendas. Os lojistas online que não estão prevenidos para este cenário acabam sofrendo prejuízos consideráveis. Isso envolve não apenas o faturamento do negócio, mas, principalmente a reputação da marca e sua competitividade no mercado.

1 milhão de tentativas

Uma pesquisa realizada pela ClearSale no primeiro semestre deste ano mostrou que o Brasil sofreu mais de 1 milhão de tentativas de fraudes em e-commerces durante o período. Entre 1° de janeiro e 30 de junho, 68 milhões de pedidos de contestação foram analisados.

Este mesmo estudo também comprova a desvalorização do ticket médio de uma maneira geral. Os pedidos fraudados sofreram redução de 3,5% em seu ticket quando comparados ao mesmo semestre de 2023. Em números totais, o percentual representa o valor de R$ 1.198,00.

Medidas preventivas contra o chargeback

Apesar da alta incidência, os comerciantes podem amenizar os prejuízos da chargeback adotando práticas e medidas protetivas. Para começar, a utilização de um sistema antifraudes é uma necessidade fundamental e básica de quem possui e-commerce.

Outra importante estratégia para o comerciante é ter um diagnóstico preciso sobre o seu público-alvo e a sua rotina de vendas. Através de tecnologias e análises de negócio é possível identificar padrões de transações, erros e reclamações comuns. Sistemas de gestão inteligentes, como o Business Intelligence (BI), contribuem neste processo.

Além disso, o atendimento humanizado e o reembolso flexível podem ser adotados. Através deles fica mais fácil atender as demandas e comunicar claramente ao consumidor sobre condições de vendas e políticas da loja.

Chargeback em caso de arrependimento

O chargeback também pode surgir através do arrependimento de uma compra virtual, desde que a contestação seja efetuada dentro de sete dias, conforme o que está previsto pelo Código de Defesa ao Consumidor.

Vale ressaltar que, apesar de comuns, nem sempre os casos de fraudes na compra contestada são, de fato, de cunho criminoso. Algumas transações são realizadas por familiares que utilizam o cartão do parente, porém, esquecem de comunicar.

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