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China lança primeiro data center subaquático do mundo focando em eficiência energética

China lança primeiro data center subaquático do mundo focando em eficiência energética

Upquery 23 de outubro

China lança primeiro data center subaquático do mundo focando em eficiência energética

O primeiro data center subaquático do mundo foi concluído e lançado pela China recentemente. Utilizando energia eólica e a própria água do mar para a sua operação, a inovação representa um avanço em sustentabilidade e eficiência enérgica, reduzindo significativamente o consumo de recursos. Esse é um dos principais desafios do setor tecnológico, especialmente devido à crescente demanda de IA (Inteligência Artificial).

A previsão é que o novo sistema chinês reduza em 10% os gastos com resfriamento, em 22,8% o consumo de energia e em mais de 90% o uso de água doce. Para funcionar, a tecnologia combina energia eólica offshore com o resfriamento natural proporcionado pelo ambiente marítimo. A água e o solo do fundo do mar ajudam a baixar a temperatura dos equipamentos, diminuindo o consumo energético. 

Resfriamento represente até 50% do consumo 

O ambiente marítimo seria uma solução viável porque, atualmente, o resfriamento dos data centers é um dos maiores responsáveis pelo alto gasto de energia e de água, podendo gerar consumo de até 19 milhões de litros por dia. Esse número seria o equivalente ao abastecimento de uma cidade de 10 a 50 mil habitantes, segundo dados do New Atlas. Por isso, estima-se que o processo de refrigeração represente atualmente de 40% a 50% do consumo total de energia nessas operações. 

Localização e próxima fase

Atualmente, o novo data center está localizado em Xangai, na Área Especial Lin-gang, uma zona econômica voltada à inovação e ao comércio. A instalação encontra-se na fase de demonstração, com capacidade de geração de 2,3 MW. Entretanto, a expectativa é que o projeto avance para uma segunda fase, atingindo 24 MW de potência.

A estrutura não servirá apenas para armazenamento de dados, mas também fornecerá poder computacional para diversas aplicações, como treinamento de modelos de linguagem, operação de inteligência artificial, suporte a redes 5G, Internet das Coisas e plataformas de comércio eletrônico.

Porém, os engenheiros chineses reconhecem que a tecnologia ainda está em fase inicial e exigirá aprimoramentos contínuos antes de ser comercializado. Até o momento, não há previsão oficial para o início da segunda fase do projeto.

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