
China lança primeiro data center subaquático do mundo focando em eficiência energética
China lança primeiro data center subaquático do mundo focando em eficiência energética
O primeiro data center subaquático do mundo foi concluído e lançado pela China recentemente. Utilizando energia eólica e a própria água do mar para a sua operação, a inovação representa um avanço em sustentabilidade e eficiência enérgica, reduzindo significativamente o consumo de recursos. Esse é um dos principais desafios do setor tecnológico, especialmente devido à crescente demanda de IA (Inteligência Artificial).
A previsão é que o novo sistema chinês reduza em 10% os gastos com resfriamento, em 22,8% o consumo de energia e em mais de 90% o uso de água doce. Para funcionar, a tecnologia combina energia eólica offshore com o resfriamento natural proporcionado pelo ambiente marítimo. A água e o solo do fundo do mar ajudam a baixar a temperatura dos equipamentos, diminuindo o consumo energético.
Resfriamento represente até 50% do consumo
O ambiente marítimo seria uma solução viável porque, atualmente, o resfriamento dos data centers é um dos maiores responsáveis pelo alto gasto de energia e de água, podendo gerar consumo de até 19 milhões de litros por dia. Esse número seria o equivalente ao abastecimento de uma cidade de 10 a 50 mil habitantes, segundo dados do New Atlas. Por isso, estima-se que o processo de refrigeração represente atualmente de 40% a 50% do consumo total de energia nessas operações.
Localização e próxima fase
Atualmente, o novo data center está localizado em Xangai, na Área Especial Lin-gang, uma zona econômica voltada à inovação e ao comércio. A instalação encontra-se na fase de demonstração, com capacidade de geração de 2,3 MW. Entretanto, a expectativa é que o projeto avance para uma segunda fase, atingindo 24 MW de potência.
A estrutura não servirá apenas para armazenamento de dados, mas também fornecerá poder computacional para diversas aplicações, como treinamento de modelos de linguagem, operação de inteligência artificial, suporte a redes 5G, Internet das Coisas e plataformas de comércio eletrônico.
Porém, os engenheiros chineses reconhecem que a tecnologia ainda está em fase inicial e exigirá aprimoramentos contínuos antes de ser comercializado. Até o momento, não há previsão oficial para o início da segunda fase do projeto.