Com IA, poluentes do Google crescem 48% em cinco anos
- Publicado em: 10/07/2024
- Autor: Upquery
A emissão de poluentes na atmosfera é um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas líderes em tecnologia. Devido ao alto investimento em infraestruturas físicas, o Google aumentou em 48% a emissão de gases de efeito estufa nos últimos cinco anos.
Uma das principais razões é o alto volume de data centers, desenvolvidos para rodar os sistemas de inteligência artificial em expansão. As informações foram confirmadas pela própria companhia, através do Relatório Ambiental de 2024, divulgado na última terça-feira, 2. O levantamento confirmou o total de 14,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono emitidos somente em 2023.
Isso representa um aumento de 13% em relação ao ano anterior (2022). Em comparação à 2019, as emissões de energia totais demonstraram um aumento de 37%. A cadeia de suprimentos, que é responsável por 75% das emissões totais do ramo, também teve aumento registrado.
“Devoradores” de energia
O relatório ainda confirma que os sistemas de IA necessitam de muita energia para funcionarem. Consequentemente, existe um maior investimento em data centers, fomentando a emissão de poluentes. De maneira isolada, o consumo de energia em data centers cresceu 17% no último ano.
“À medida que integramos ainda mais a IA em nossos produtos, reduzir as emissões pode ser um desafio devido ao aumento das demandas energéticas decorrentes da maior intensidade de cálculo de IA e às emissões associadas ao esperado aumento em nosso investimento em infraestrutura técnica”, detalhou o Google em seu relatório.
Google reconhece responsabilidades
No setor tecnológico, a transição de energia para fontes renováveis é uma demanda prioritária. Atualmente, o lançamento de data centers no espaço já está sendo estudado. O Google reconhece os desafios que estão sendo impostos pelo avanço tecnológico e pela IA.
“O impacto ambiental futuro da IA é complexo e difícil de prever”, justifica o Google o aumento da emissão. O atual relatório acabou colocando em dúvida o plano da empresa em zerar as emissões líquidas até o ano de 2030.
Entretanto, a big tech afirma estar comprometida e trabalhando para alcançar esse objetivo. Uma maneira de reduzir pela metade a emissão total de carbono é realizando investimentos em data centers e modelos de hardwares mais eficientes em termos energéticos.