A empresa chinesa BYD se prepara para implementar o seu projeto localizado na Bahia. A fabricante de automóveis elétricos irá lançar oficialmente um projeto para construção de três plantas para fabricação em outubro. A nova estrutura BYD será feita onde antes ficava o complexo da montadora Ford.

A BYD vem trabalhando para que o Brasil se transforme em uma nova potência no ramo. Até mesmo porque, depois da China e da Tailândia, o Brasil é o terceiro país a receber uma fábrica de automóveis elétricos e híbridos. Desse modo, a previsão da companhia é que o Brasil tenha 30% de frota verde com veículos elétricos e híbridos usando etanol ao longo dos próximos anos.

Para alcançar esse patamar, o investimento total da empresa será de R$ 3 bilhões, permitindo uma montadora com capacidade de produção de 150 mil carros híbridos e elétricos por ano. Isso trará impactos também para a geração de empregos locais.

O novo Vale do Silício

Stella Li, responsável pelas operações BYD na América Latina, afirma que serão criadas 5 mil vagas apenas em manufatura no prazo de três ano. Com base nisso, o objetivo da empresa é alto: transformar Salvador em uma espécie de Vale do Silício. Assim, a proposta é fomentar a implementação de outras empresas e indústrias que utilizem tecnologia verde.

Atualmente, a China possui 50% da sua frota verde é de veículos puramente elétricos e híbridos. A proposta é que o Brasil conte com uma adesão e penetração similar, porém, com a diferença de que os veículos híbridos poderão utilizar etanol.

As unidades BYG

Uma unidade do projeto voltado para a Bahia será responsável por montar os veículos. As outras duas deverão produzir caminhões elétricos, chassis para ônibus, além de fazer todo o processamento de células de lítio e ferro fosfato que são matérias-primas para as baterias dos carros.

A executiva, que está há 28 anos à frente da companhia, afirma que todo o departamento de pesquisa e desenvolvimento da BYG está focado em tecnologias voltadas para o Brasil. Stella Li afirma que o mercado brasileiro tem um forte potencial, mas que, apesar da previsão, é importante contar com incentivos públicos para a ampliação da frota.