Preço do combustível ameaça operações de e-commerce
- Publicado em: 27/07/2022
- Autor: Upquery

Não é apenas nas prateleiras dos supermercados que o aumento do combustível tem causado efeitos. As redes e companhias de e-commerce vêm restringido o acesso ou facilidade para serviços operacionais devido ao custo investido em logística e transporte. Assim, muitas empresas têm diminuído a oferta de frete grátis e entrega rápida para o consumidor final.
Em grandes centros, as entregas para o mesmo dia ou em até 24 horas têm perdido espaço considerável. Isso acontece porque, conforme a associação, 40% dos custos das operações logísticas estão associados ao combustível. Entretanto, dependendo da distância percorrida para a entrega, esse percentual pode chegar a 60%.
Sobre o assunto, a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) se posiciona afirmando que o frete e a entrega são duas variáveis do mercado de vendas online cada vez mais caras. No entanto, é o frete que mais tem dificultado as transações e impactado no dia a dia do consumidor. Afinal, as tantas oscilações de preços dificultam a definição final do valor da entrega.
Mudanças já podem ser notadas entre as empresas
O consumidor final já consegue perceber essas mudanças no e-commerce nas principais companhias do país. O Mercado Livre, por exemplo, aumentou a base de compras para que o frete passe a ser grátis. Antes, compras de mercado, por exemplo, garantiriam frete grátis a partir de R$79,90.
Agora, passou para R$199,00. Já no site do Magazine Luiza o frete grátis é um benefício somente de quem compra pelo aplicativo da loja. No Amazon o frete grátis é livre para os assinantes. Entretanto, o pacote de assinatura também passou por reajustes.
Cenário pede acordos mais flexíveis
A escalada do combustível tem mudado as relações entre as gigantes do e-commerce e os parceiros de logística. Agora, os contratos entre as partes se encontram mais flexíveis para poder comportar reajustes necessários para se adequar ao cenário.
Todas essas tratativas vêm ganhando espaço até mesmo por conta das tantas imprevisibilidades enfrentadas pelo mercado de e-commerces e vendas online. Grandes nomes globais, como os competidores asiáticos Shopee e AliExpress, têm favorecido os novos acordos entre companhias brasileiras e as transportadoras.