Caos no setor aéreo deixa passagens internacionais nas alturas
- Publicado em: 02/08/2022
- Autor: Upquery

Se antes a pandemia e as suas restrições dificultaram as viagens de férias ou trabalho dos brasileiros, agora, o caos aéreo internacional continua mantendo esse cenário. Não fosse só os preços elevados das passagens, os aeroportos também enfrentam graves problemas de logísticas: filas quilométricas para fazer check-ins, malas extraviadas e voos cancelados ou atrasados.
Os problemas estão sendo percebidos em vários lugares do mundo, porém, são os aeroportos europeus os mais prejudicados. O verão na Europa e a baixa nas restrições do Covid-19 causaram muita procura pelos mais variados destinos. Mas, as companhias aéreas e aeroportos não estavam preparados e ainda contam com falta de mão de obra para atendimento.
Em vários países, os funcionários dos aeroportos estão fazendo greves e paralisações para reivindicar por aumentos de salários. Os movimentos incluem desde as grandes companhias aéreas, como British Airways e Lufhtansa, até as cias low cost Ryanair e EasyJet.
Preços bastante salgados!
Todas essas mudanças estão fazendo muitos turistas reagendarem as suas viagens. Essa realidade também está pesando para as empresas que custeiam os voos dos seus funcionários. A ida e volta para a Europa nos próximos dias pode chegar a R$ 10 mil.
A infraestrutura saturada explica isso. Como a logística não está comportando o grande volume de turistas, menos passagens aéreas estão sendo vendidas. Assim, menos receita acaba sendo gerada e o preço dos tickets aumenta para compensar a lucratividade das companhias.
O cenário ainda não está perto de neutralizar, afinal, agosto é considerado o principal mês da temporada de verão europeu. Outro agravante é a guerra em solo europeu. Além de todos os agravantes, o combustível encareceu por conta do embate entre a Rússia e a Ucrânia, impactando no valor das passagens.
Os destinos mais complicados
Parece que o caos se instalou em todo o continente europeu. Entretanto, os aeroportos britânicos estão entre os pontos mais problemáticos, especialmente o Heathrow, em Londres. Boa parte disso tem a ver com as novas regras para passaportes impostas pelo Brexit.
Outros exemplos são os aeroportos em Portugal que estão tendo muitos registros de filas e cancelamentos. Já em Bruxelas, na Bélgica, o problema são os voos atrasados. Recentemente, o índice de atrasos ultrapassou os 70%. Os problemas aéreos e com as demandas também são bem perceptíveis nos aeroportos Charles De Gaule, de Paris (França), no Shiphol de Amsterdã (Holanda) e em Frankfurt, na Alemanha. Nas últimas semanas, esse último país registrou mais de mil voos cancelados pela companhia Lufhtansa.