A moeda digital brasileira está servindo de referência para outros bancos centrais ao redor do mundo. A fase de testes do projeto piloto do DREX está sendo acompanhada por outras instituições que buscam digitalizar a sua moeda. A informação foi confirmada pelo próprio Banco Central, desenvolvedor do DREX, na última semana.

Durante o Fórum DREX, Rogério Lucca, chefe do Departamento de Operações Bancárias e do Sistema de Pagamentos do BC (Deban), revelou que a moeda está gerando grande interesse. “O piloto vem sendo acompanhado por outros bancos centrais, órgãos multilaterais e empresas internacionais com a perspectiva de que seu desenvolvimento aborde questões centrais para a indústria”, confirmou o representante.

Durante o evento, foi confirmado também que, dos 16 consórcios selecionados para participarem do projeto piloto DREX, 13 já estão operando na rede. Além disso, 11 deles também já realizam transações testes em simulações de transferência de reservas bancárias, depósitos tokenizados e compras e vendas de títulos públicos federais.

Cronograma do projeto DREX

O projeto piloto do Banco Central está seguindo uma agenda rigorosa até a sua implementação. Afinal, após muitos testes, a moeda digital está prevista para ser lançada ainda em 2024. Nas próximas semanas, está agendado o levantamento de mais três nós na rede do DREX.

Entretanto, esse é um projeto que, para ser implementado no Brasil e em outros bancos centrais, precisará passar por diversas validações. A implementação ainda envolverá muitas pesquisas e, portanto, desafios. As testagens do projeto piloto DREX deverão acontecer até maio do próximo ano. Enquanto isso, o BC já trabalha para escolher soluções de privacidade e segurança para o sistema digitalizado.

Atualmente, o projeto já avalia algumas soluções opções com base nos pré-requisitos estipulados para o desenvolvimento da nova modalidade de pagamentos. Entre as soluções cotadas estão a Anonymous Zether, da empresa Consensys, a Starlight, da Ernest & Young e a Parchain, da Parfin.