Copom mantém Taxa Selic em 13,75% ao ano
- Publicado em: 26/09/2022
- Autor: Upquery

Na contramão das autoridades monetárias globais, o Banco do Brasil (BC) optou por não elevar os seus percentuais de juros. Em anúncio realizado nesta quarta-feira, 21, o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) manteve a Taxa Selic em 13,75% ao ano, interrompendo o ciclo de altas dos últimos tempos.
A Selic é considerada a taxa mãe da economia brasileira e, por isso, controla as taxas inflacionárias e impacta diretamente nos investimentos. Por essa razão, após o posicionamento do BC, a bolsa brasileira Ibovespa apresentou aumentos se beneficiando desta alteração.
A manutenção da taxa de juros básica foi aprovada pela presidência e diretoria do Banco do Brasil. A votação contou com 7 votos favoráveis pela manutenção da taxa em 13,75% e teve apenas 2 votos contrários a essa medida. Assim, entre os votantes, dois diretores votaram por aumentar novamente a taxa em 0,25 ponto porcentual.
O fim de um ciclo
A decisão pela manutenção da taxa em 13,75% não causou surpresa e já era esperada entre os analistas financeiros e econômicos. Entretanto, esta queda da inflação representa o fim de um ciclo de altas que já vem durando um ano e meio. Ao todo, foram 12 altas consecutivas.
Entre março e junho de 2021, o Banco do Brasil aumentou a Selic em 0,75 ponto porcentual a cada nova decisão. Então, a partir de agosto, o aumento subiu para 1% por encontro, chegando em 1,5% em outubro de 2021 e se mantendo assim até fevereiro deste ano.
Em 2022, mais duas altas de juros de 1 ponto foram registradas, seguidas de dois de 0,5 pontos. Agora, mesmo com a Selic mantida, essa segue sendo a maior taxa registrada desde janeiro de 2017. Os aumentos consecutivos do comitê iniciaram em respostas às altas recorrentes em insumos e custos básicos, como gasolina, alimentação e energia.
Economia permanecerá sendo monitorada
Mesmo com a decisão, o Copom não descarta um possível aumento na Taxa Selic em breve. O comitê se comprometeu em monitorar a economia e fazer os ajustes necessários caso a inflação não venha a cair como o esperado. Em nota, o Copom se manifestou:
“O comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitam em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.