Interesse feminino por investimento em criptos dobra em 2 anos
- Publicado em: 09/03/2023
- Autor: Upquery

A participação feminina aumentou significativamente em uma área ainda tão predominada pelo público masculino: investimentos digitais. No mês das mulheres, dados divulgados pela Receita Federal mostraram que o interesse desta fatia da população por investimentos em criptomoedas aumentou.
A informação tem como base o alto crescimento em declarações de CPF’s femininos. Conforme o órgão, as operações de criptoativos mais do que dobraram entre janeiro de 2021 e janeiro de 2023. Com isso, atualmente, as mulheres representam 25,87% dos investidores do mercado, enquanto os homens ainda totalizam 74,13%.
Ainda que o público masculino seja a grande maioria, ano após ano as mulheres perdem o medo de arriscar, desenvolvendo um perfil menos conservador em investimentos. Esse interesse estaria associado com a diversificação e a regularização do mercado de criptoativos.
Valor do investimento também aumenta
Os dados da Receita Federal não só apontam maior adesão feminina aos investimentos como apontaram uma tendência de assumir maiores riscos entre as mulheres. Assim como a quantidade de CPF’s declarados, o valor das operações realizadas também quase dobrou.
Agora, as mulheres totalizam 17,17% do montante total de investimentos criptos brasileiros. Entre tantos módulos financeiros para se investir, as moedas digitais têm chamado atenção de quem começa um portfólio ou tem interesse em diversificá-lo. A criptomoeda é uma nova classe de ativos de risco que já possui uma capitalização de US$ 1 trilhão.
Entre os seus principais projetos estão moedas digitais como Bitcoin e Ethereum. Porém, um estudo realizado pela Fidelity mostrou que apenas 33% das mulheres se sentem confiantes em tomarem decisões de investimentos.
Propensão à novas adesões
O baixo risco em investimentos é uma característica confirmada do público feminino. Esse fator é derivado de vários motivos do âmbito social e pessoal da mulher. Entretanto, em busca de mudanças, instituições e comunidades financeiras já conseguem detectar esses aspectos.
“Normalmente essas mulheres investidoras chefiam o seu lar. Ou, até mesmo, há falta de identificação com os ativos, pois sabemos que elas investem em empresas que geram uma relação de confiança e com identificação de propósito”, explicou Fernanda Ribeiro, cofundadora da Conta Black.
Agora, as novas leis regulamentadoras e a democratização do mercado cripto tendem a estimular ainda mais mulheres. Inclusive, já houveram pesquisas realizadas que apontam maior propensão feminina a adentrar neste novo mercado. Em 2021, a empresa de serviços financeiros Bankrate trouxe 16% de interesse feminino contra 11% de interesse masculino neste mesmo segmento.