A internet quântica está cada vez mais próxima de se tornar uma realidade. Com testes em andamentos, a proposta recente é usar a tecnologia para combater os ataques hackers. Para isso, um projeto científico está sendo realizado no laboratório da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. 

Esse recurso em expansão tem como característica teletransportar dados e informações como ainda não visto. Entretanto, neste momento, os estudos apontam que os métodos quânticos também conseguiriam evitar qualquer intercepção de um criminoso virtual. Isso seria possível justamente devido às novas formas de processamento de informações e dados. 

Desse modo, evitar os ataques hackers já aparece como um dos principais benefícios da internet quântica. Essa solução seria altamente eficaz na proteção de transações financeiras e de dados de saúde impedindo roubos de identidades e outras fraudes cibernéticas. 

Como funciona a “Segunda Revolução Quântica”?

O que os estudiosos estão chamando de “Segunda Revolução Quântica” iria permitir que informações fossem processadas de formas inéditas. Isso seria capaz através do emaranhamento de 2 ou mais partículas quânticas, causando um espelhamento, mesmo que por grandes distâncias físicas.

Assim, através desta conexão via rede óptica, computadores seriam conectados sendo capazes de operar cálculos extremamente grandes. O local de experimento localizado na Universidade de Chicago conta com um fino hack que dispara as partículas quânticas via rede de fibra óptica. 

Com os testes, os cientistas estão constatando que esses recursos da natureza possibilitam criptografias inquebráveis e que impedem fraudes. O experimento usa fótons (partículas quânticas de luz) para enviar chaves de criptografia. Um hardware desenvolvido pela empresa Toshiba auxilia na emissão de pares desses fótons, os enviando para Angonne, a 48 km, em Levant, Illinois. 

Americanos se destacam no Prêmio Nobel

O estudo da internet quântica, porém, não é uma novidade: as pesquisas tiveram início no século 20. Na semana passada, três físicos americanos compartilharam o Prêmio Nobel de Pesquisa Quântica que também contribuem para as pesquisas da internet quântica.

Entretanto, até que a internet do futuro possa ser usada em massa, muitos desafios ainda deverão aparecer. Grants Smith, estudante de pós-graduação da equipe de pesquisa da Universidade de Chicago, afirma que é cedo para definir os potenciais aplicações desta tecnologia. 

“Quando as pessoas fizerem as primeiras internets rudimentares, conectando computadores de pesquisa, universidades e laboratórios de pesquisas, eles não podiam prever o cenário eletrônico”, afirma o estudioso.

Testes seguem avançando

O uso e aproveitamento das propriedades das partículas quânticas estão sendo competidos entre diversos países. Além dos Estados Unidos, esse é um forte objeto de estudo na Holanda e na China. Inclusive, muitos bancos e grandes empresas já realizaram alguns experimentos em fases iniciais. 

A internet quântica viria para solucionar questões até então não solucionáveis, como a descoberta de novos medicamentos e tratamentos para doenças como o câncer, por exemplo. 

Como esta tecnologia seria tão importante para a população, as pesquisas americanas estão contando com financiamentos federais da Clips e da Science Act. De modo geral, este recurso tecnológico traria muitos benefícios econômicos e de segurança nacional para os todos os países.