O uso de máscaras em voos e aeroportos não é mais uma obrigatoriedade. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) retirou o uso obrigatório da proteção facial entre passageiros e funcionários em reunião pública extraordinária, realizada nesta quarta-feira, 17.

O uso de máscara facial é uma medida de saúde pública coletiva que foi adotada em todo o mundo para conter os casos de contágios de Covid-19. A determinação recente foi votada entre a diretoria colegiada da agência e aprovada por unanimidade.  

A nova medida entrou em vigor, logo após a divulgação da decisão no Diário Oficial da União (DOU). A publicação aconteceu poucas horas depois da reunião oficial se encerrar. Apesar da nova flexibilização, algumas medidas de prevenção antigas em aeroportos ainda serão mantidas. 

O embarque se manterá ordenado por filas para evitar aglomero e o álcool em gel continuará sendo distribuído nos aeroportos e voos. Além disso, a recomendação do uso da máscara entre os grupos de riscos será mantida através de avisos sonoros. 

Decisão embasada cientificamente

O atual cenário epidemiológico e outros critérios técnicos serviram de base para a decisão do colegiado da Anvisa.  Para o colegiado, a remoção da obrigatoriedade só foi possível após uma análise proporcional ao risco.

Dentro disso, foram avaliados dados científicos globais e outros pontos gerais nacionais como mortalidade, índices de imunização da população e comportamento sazonal na pandemia. Apesar disso, o diretor Alex Machado Campos fez questão de reforçar a efetividade da máscara para evitar o aumento dos casos de contágio durante os momentos de pico. 

A votação teve a participação dos diretores da Anvisa Machado Campos, Daniel Pereira, Rômison Rodrigues Mota e Meiruze Sousa Freitas, além do diretor-presidente Antonio Barra Torres.

Dados atuais da pandemia

Atualmente, o Brasil conta com uma média de 215 óbitos e 23.256 de Covid-19 casos diários. Por outro lado, o país conta com 101 milhões de vacinados com a dose de reforço. A suspensão do uso de máscara não é a primeira flexibilização cedida pela Anvisa. 

Em 22 de maio, o serviço de alimentação de bordo foi retomado, permitindo que máscaras fossem retiradas para os passageiros se alimentarem. Outra flexibilização anterior foi a permissão de capacidade máxima de passageiros internos nas aeronaves, que estava reduzida desde dezembro de 2020.